IBGE vê aumento de consumo de energia no Brasil

Um dos indicadores de desenvolvimento de um país, o nível de consumo de energia por habitante, atingiu em 2009 um dos maiores patamares desde 1992, segundo levantamento do IBGE divulgado nesta quarta-feira. A cifra do ano passado (43,8 gigajoules por habitante) somente fica atrás de 2008, quando o consumo foi de 50 gigajoules por habitante.

A boa notícia, no entanto, é prejudicada ainda pela baixa eficiência no uso desse energia. A chamada intensidade energética, isto é, a quantidade de energia que o país consome para produzir riqueza, não melhorou desde 1995. Esse índice foi de 0,213 toneladas “equivalentes” de petróleo por R$ 1 mil no ano passado, acima do melhor desempenho registrado na série histórica (0,209 toneladas de petróleo por R$ 1 mil).
Por outro lado, quase metade (47%) da energia utilizada no país era de fontes renováveis, uma característica que tem se mantido desde o início da série histórica da pesquisa, em 1992. Os pesquisadores do IBGE lembram que, apesar de uma queda na participação das usinas hidrelétricas na matriz energética do país nos últimos anos, houve um aumento da utilização de biomassa (cana de açúcar), bem como de fontes alternativas, como energia solar, eólica e biogás.