sábado, 11 de setembro de 2010

Indústria do CE lidera avanço no emprego

Expansão apontada pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário corresponde ao acumulado até o julho.

Fortaleza/Rio de Janeiro - Com alta de 8,3% no acumulado dos sete primeiros meses do ano, o Estado do Ceará registra maior crescimento no emprego na indústria na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas para até o mês de julho. No mesmo levantamento, o emprego na indústria nacional avançou 2,9% no acumulado e 3% frente a junho deste ano, já descontados os efeitos sazonais, no sétimo resultado positivo consecutivo.

Dos 18 ramos investigados pela Pimes, a indústria de transformação (8,19) e o setor de calçados e couros (5,29) tiveram o melhor desempenho no acumulado do ano, impulsionando o resultado no estado. No entanto, alguns setores registraram resultados negativos, como borracha e plásticos (- 0,12%) e a fabricação de outros produtos da indústria de transformação (- 0,14%).

Entre as 14 regiões pesquisadas e fechando os quatro melhores resultados no emprego industrial na soma dos sete primeiros meses de 2010, o Estado do Ceará foi seguido por Pernambuco (6,1%), Bahia (6 %) e a região Nordeste
(4,9%).

De acordo com relatório do IBGE, além de Ceará e região Nordeste, São Paulo (2,5%), Rio Grande do Sul (3,8%), região Norte e Centro-Oeste (3,8%), Rio de Janeiro (4,6%) e Santa Catarina (2,8%) "exerceram influências mais significativas" no resultado nacional da soma dos sete meses do ano, que foi de 2,7%.

Junho x Julho

No levantamento do pessoal ocupado assalariado do mês de julho ante o mês de junho deste ano, a indústria nacional registra 5,4%. Nesse comparativo, o Ceará alcançou uma alta de 8,7%, o quarto melhor desempenho pesquisado.

No topo, Pernambuco (9,7%) foi seguido de Espírito Santo (9,2%) e Rio de Janeiro (9,0%). A região Nordeste alçou a sétima posição do ranking, com 7,7% de aumento no emprego industrial de julho frente junho, ficando abaixo do outro estado nordestino pesquisado: Bahia (8,1%).

Mais uma vez, dentre os setores pesquisados na indústria cearense, indústria de transformação e calçados e couro desempenharam os melhores resultados na Pimes, com 8,60% e 3,60%, respectivamente. Nenhum dos outros 18 setores pesquisados registrou resultado negativo que rompesse a barreira do 1%.

12 meses

Na comparação com julho do ano passado, o emprego na indústria cearenses também alcançou o maior crescimento (5,41%), diferente do apontado pela Pimes para a região Nordeste (1,82%) e, principalmente, a indústria brasileira, que amargou uma redução de - 0,5%.

Nos levantamentos individuais por estado, o mais drástico apontado pelo IBGE foi Minas Gerais, com - 3,90.

A geração de vagas em julho subiu 5,4% frente a igual período no ano passado. Foi a maior elevação da série histórica, iniciada em 2001. No Ceará, o levantamento das horas pagas na indústria local contabilizou uma alta de 7,6%. A variação dos ganhos do trabalhador também superou níveis recentes. A alta de 11,2% na indústria nacional foi a maior desde março de 2004. Na mesma comparação, o Ceará ficou acima da média nacional, com 15,9%.

Avaliação
Segundo o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, os dados mostram que os setores que mais sofreram com a crise, seja do ponto de vista da produção ou do emprego, são aqueles que estão abrindo mais postos de trabalho ao longo de todo este ano. É o caso da metalurgia básica, produtos de metal e máquinas e equipamentos.

A avaliação é que, no final do ano, a indústria retornará ao patamar de setembro de 2008, antes do agravamento da crise financeira. Com isso, todos os postos de trabalho perdidos serão recuperados.

"A expectativa é de que o emprego industrial mantenha esse comportamento positivo ao longo de todo este segundo semestre´´, afirma Julio de Almeida, do Iedi.

Em termos de geração de emprego, dos 18 setores, 14 subiram. A indústria de máquinas e equipamentos gerou 11,2% vagas a mais, se comparado a julho de 2009, e foi o setor que representou a maior influência para a pesquisa.

Houve crescimento generalizado, com avanço em todos os 14 locais pesquisados.

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