sábado, 4 de setembro de 2010

PIB do CE expande-se 8,87%

Após ter passado pela crise de 2009 com desempenho melhor do que o do Brasil, o Ceará fecha o primeiro semestre com crescimento e perspectiva otimista para o segundo. O Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado estadual cresceu 8,87% de janeiro a junho de 2010.

No segundo trimestre, o PIB cearense cresceu 8,82% em relação ao mesmo período de 2009. O PIB apreços de mercado do País variou 8,80% no segundo trimestre deste ano. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado do Ceará (Ipece).

Segundo o Ipece, a taxa de crescimento do PIB pelo Valor Adicionado a preços básicos (sem a inclusão de impostos) no segundo trimestre foi 7,32% no Estado e 8,20% no Brasil. "A diferença é que a base (de comparação) nacional era negativa em 2009 e a do Ceará já estava alta", explica a economista do Ipece, Eloísa Bezerra. No segundo trimestre do ano passado, a base de comparação da economia nacional estava negativa em 1,30% e a do Ceará já era positiva em 3,12%.

Estimativa para 2010
Apesar de informar que pode rever a estimativa de crescimento do Ceará para 2010, o Ipece a manteve em 6,5% por causa do mau desempenho da agropecuária no primeiro semestre. Nacionalmente, a previsão é de uma variação do PIB em torno de 7% neste ano. "No auge da crise, o Ceará teve desempenho diferente do Brasil. Na época, os serviços garantiram o crescimento do PIB estadual (em 2009)", disse a diretora geral do Ipece, Eveline Barbosa.

Setores

A indústria, que teve um ano ruim provocado pela crise internacional de 2009, foi o setor da economia cearense que mais cresceu no segundo trimestre e no primeiro semestre com variações de 12,59% e de 10,88%, respectivamente. O aquecimento da construção civil responde por grande parte desse resultado da indústria. Segundo o Ipece, a atividade registrou crescimento de 20,52% no segundo trimestre de 2010 e, nos seis primeiros meses do ano, 18,81%. O setor de serviços manteve o bom resultados, com crescimento de 6,85% no segundo trimestre e de 7,62% no primeiro semestre. A inclusão social de famílias que tinham menos acesso ao consumo, garantiu que o PIB do comércio continuasse como destaque crescendo acima da média do PIB do Estado. O setor acumulou variação de 12,53% nos seis primeiros meses de 2010. No 2º trimestre, o comércio cresceu 9,79%. A escassez de chuva provocou quebra da safra e queda do PIB da agropecuária de 5,34% no 2º trimestre e de 3,83% no 1º semestre de 2010. Segundo o Ipece, a taxa só não foi pior por causa da produção positiva de algumas culturas (castanha, manga e mandioca) e da produção animal. O setor representa apenas 6,2% da economia.

Fonte: Diáriodonordeste

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