sábado, 19 de março de 2011

Última Hora: Dilma e Obama acabam de se pronunciar ao vivo para imprensa

Dilma recebeu o presidente dos EUA por volta de 10h30 deste sábadoEm pronunciamento após encontro privado no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff pediu uma "parceria entre iguais" com o presidente dos EUA, Barack Obama, que iniciou neste sábado em Brasília um giro de cinco dias pela América Latina. "Nossa relação é um construção entre iguais, por mais distintos que sejam os paises em população, em poderio militar", disse Dilma ao lado do líder americano.

Em seu discurso, Dilma reiterou sua aspiração a um assento permanente ao Conselho de Segurança da ONU, afirmando que o Brasil pleitea a vaga porque "um mundo mais multilateral é fundamental para todos".
Obama foi recebido na manhã deste sábado por Dilma Rousseff em uma cerimônia que começou às 10h28. O líder americano passou as tropas em revista antes de subir a rampa do Planalto, onde encontrou Dilma e o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota. A primeira-dama Michelle Obama já estava no topo da rampa, onde chegou separadamente do marido. Após execução dos hinos americano e brasileiro, Obama entrou no palácio, onde posou para fotos ao lado de Dilma, cumprimentou ministros e autoridades e viu uma exposição de artistas brasileiros.

Na manhã deste sábado, Obama e Dilma participaram de uma reunião avançada para acertar os detalhes dos tratados e acordos entre EUA e Brasil. No total, são oito atos e dois acordos relativos a parcerias nas áreas comercial, econômica, social, cultura e ciência e tecnologia. Michelle não ficou para a reunião no Planalto para poder participar de um evento cultural com jovens brasileiros no restaurante Oca da Tribo, no Setor Clube Esportivo Sul de Brasília

A cerimônia no Planalto começou um pouco mais de duas horas depois de Obama chegar, com sua família, à Base Aérea de Brasília, para começar a primeira etapa de um giro latino-americano de cinco dias que incluirá o Chile e El Salvador e foi descrito pela Casa Branca como "emblemático".

Em sua mensagem semanal, que coincidiu com o início de sua primeira viagem pela região, Obama afirmou neste sábado que a aliança com a América Latina é cada vez mais "vital" para os EUA. "Sempre tivemos um vínculo especial com nossos vizinhos do sul. É um vínculo que nasce de uma história e de valores comuns, e milhões de americanos com raízes na América Latina o reforçam", afirmou Obama em seu discurso gravado, divulgado nos EUA na manhã deste sábado. Já em entrevista concedida à revista Veja, o líder americano disse que os EUA não estão em declínio e buscam uma relação mais próxima com o Brasil.

Com sua mulher, Michelle, e as filhas Malia e Sasha, o líder americano desembarcou às 7h42 na Base Aérea depois de o avião Air Force One ter pousado às 7h31. Após o desembarque, Obama e sua comitiva seguiram para o hotel Golden Tulip, onde ficaram antes do encontro com Dilma e receberam camisetas e chinelos de dedo de presentes.

Logo após a chegada à base aérea, representantes do governo brasileiro e americano assinaram os dez acordos e tratados de cooperação anunciados posteriormente na declaração oficial no Planalto. Entre os documentos há memorandos para o Comércio e para parcerias em grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016.

A viagem, que ocorre em meio à tragédia do Japão e à crise na Líbia, foi descrita como muito importante pelo governo americano. "Vemos uma enorme convergência de interesses entre Brasil e EUA, e um momento enorme de oportunidades", afirmou nesta semana o conselheiro adjunto de Segurança Nacional dos EUA, Ben Rhodes.
Washington quer aproveitar o enorme potencial econômico da relação bilateral com o Brasil, que se transformou na sétima potência econômica e cujas trocas comerciais com os EUA dobraram na década passada.

Depois que China superou os EUA como principal comprador das exportações brasileiras, Washington quer recuperar a iniciativa e está interessado, segundo a Casa Branca, em desenvolver uma colaboração em energia e infraestruturas - principalmente em relação aos investimentos que o Brasil terá de fazer para os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014. Além disso, o Brasil conta com reservas de petróleo que equivalem ao dobro das americanas e vê a perspectiva de se transformar em exportador da matéria-prima.

Após o encontro no Palácio do Planalto, Dilma e Obama seguem para o Itamaraty, onde encerram um encontro de CEOs brasileiros e americanos e assinam um acordo de Previdência. Em seguida, participam de almoço com empresários e outros convidados.

Por volta das 15h, Obama discursa para empresários no encerramento do Fórum Empresarial Brasil-EUA, no Centro Empresarial 21. Antes de embarcar às 18h20 para o Rio de Janeiro, para a segunda etapa de sua viagem no Brasil, o líder americano participa às 17h20 de uma recepção no Palácio do Alvorada oferecida por Dilma. A despedida será com um quitute tipicamente brasileiro: pão de queijo.

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