sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Sacolas plásticas irão sumir do mapa"


Lembra das sacolas plásticas?

Pois, prepare-se para viver sem elas. Na mira de ambientalistas, o utensílio está com os dias contados. A indústria do setor se esforça para sobreviver

A tendência é irreversível. Por mais incrível que seja, antes do que se imagine desaparecerão as sacolas plásticas que hoje fazem a festa de muitos em supermercados e mercantis. Pelo menos, desaparecerá a maneira como a maioria ainda a usa no Brasil. Considerado um dos grandes vilões na degradação do meio ambiente na Terra, o uso excessivo de saco plástico está na mira de ambientalistas e políticos não é de hoje. A novidade é que o cerco se fecha a cada minuto. E já é expressivo o número de consumidores que optam por deixá-lo de lado por livre e espontânea vontade. Assim como também expressivo é o número de iniciativas do setor privado para apresentar-lhe alternativas.

Uma dessas é o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, uma parceria entre a indústria e o varejo que tem por objetivo qualificar o uso das tais sacolas. Quem está no comando do programa é o Instituto Nacional do Plástico (INP). “Não há problema com a sacola plástica, desde que usada com responsabilidade e critério”, garantiu o diretor superintendente do INP, Paulo Dacolina, em entrevista ao O POVO.

Com o uso das sacolas sob fortes críticas, há três anos, ele encomendou uma pesquisa para entender o porquê do tal consumo exagerado desses produtos. A partir da observação do comportamento de 400 consumidores em São Paulo, chegou-se à seguinte conclusão: a aparente fragilidade da sacola despertava a desconfiança do usuário, que para compensar, reforçava o uso. “Dessas pessoas que observamos, 13% estavam usando a sacola, no mínimo, em duplicidade (duas unidades para levar um mesmo produto). Outros 61% estavam subutilizando (colocando menos mercadoria do que sua capacidade)”, afirmou Dacolina.

O resultado mostrou que se houvesse aumento na qualidade do produto, seu consumo seria reduzido. A proposta foi apresentada pelo INP aos varejistas e aprovada. Hoje, o programa conta com 16 empresas associadas, que representam 90% da produção nacional de sacolas de supermercados. A cada 60 dias, as empresas fabricantes das sacolas passam por auditorias para poderem manter seus selos de qualidade.

Em sete capitais brasileiras (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro e Recife), o programa já foi implementado e 4.500 pessoas receberam treinamento para orientar os consumidores a usar responsavelmente os sacos plásticos. Até o fim deste ano, ele será estendido a Florianópolis e a Belo Horizonte. No início de 2011, chegará a Fortaleza. “Com a sacola mais resistente, você consegue reduzir o consumo em até 30%. De 2008 a 2010, nós teremos economizados 3,9 bilhões de sacolas”, calculou o presidente do Instituto.

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