Uma renda de R$ 68,75 por mês. Essa é a média de ganho de uma pessoa que vive na extrema pobreza. No Ceará, em 1990, mais da metade da população se encaixava nesta realidade. Em 2008, o Estado conseguiu reduzir a porcentagem para 8,5%, de acordo com o critério internacional. O avanço supera a meta estabelecida em um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), sendo o primeiro a erradicação da extrema pobreza e a fome, e indicava o percentual de redução para 13,8% até 2015.A proposta agora é avançar. De acordo com o secretário da Fazenda (Sefaz), Mauro Filho, é importante estabelecer a diferença entre a diminuição da pobreza e a melhoria da distribuição de renda. Ele afirma que o Ceará conseguiu as duas coisas e agora, em conjunto com o Governo Federal, aposta num programa de erradicação da pobreza que deverá ter três frentes: inclusão produtiva, ampliação da rede de serviços sociais do governo e a continuação da ampliação da rede de benefícios.
O secretário ressalta que essa ação, que é prioridade no governo Dilma Rousseff, é fruto de um trabalho feito pelo Curso de Pós-Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (Caen), com apoio da Secretaria da Fazenda e Governo do Estado do Ceará. “Não restringimos ao Ceará, foi estendido e fizemos o estudo estado por estado”, explica.
Mauro Filho conta que foram investidos R$ 220 milhões ao ano para retirar pessoas da pobreza. “Mas não pode ser um trabalho apenas de entrega da renda, como é o bolsa família, porque a política compensatória tem que ser transitória.
O Estado (Governo Federal e Estadual) tem que estar com um programa de capacitação para o mercado de trabalho ou não será bom nem para a pessoa, nem para os cofres do governo”, calcula.
Ainda segundo o titular da Sefaz, o Ceará pretende ser o primeiro estado brasileiro a implementar esse programa, que será Federal, mas terá contra-partida do Governo do Estado.
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