MOSCOU - Os dirigentes da Fifa continuam preocupados com a lentidão nas obras que o Brasil deve realizar para sediar a Copa do Mundo de 2014. Durante um fórum sobre futebol em Moscou, na Rússia, nesta sexta-feira, o secretário-geral da entidade Jérôme Valcke criticou a preparação brasileira, dizendo que o país se esforçou mais em conquistar o direito de receber o Mundial do que na organização do torneio. Esta foi a primeira aparição pública de Valcke desde que insinuou que o Catar pagou para ser sede da Copa de 2022.
- Não temos estádios, não temos aeroportos - disse Valcke, acrescentando que alguns estádios, como o Maracanã, só devem estar prontos semanas antes da Copa. - O Maracanã não é um estádio de Copa do Mundo - criticou.
A Rússia, que vai sediar o Mundial de 2018, depois do Brasil, terá que apresentar os 12 estádios prontos dois anos antes da Copa para a realização de eventos que servirão de testes. Com custo de US$ 10 bilhões, os russos vão construir praticamente todos os estádios. Nesse valor, não estão incluídas as obras de infraestrutura, como melhoria da rede ferroviária, estradas e aeroportos.
No Brasil, a Fifa não fez a exigência de os estádios estarem prontos em 2012, mas a expectativa é de que alguns sejam usados na Copa das Confederações, em 2013. Vale lembrar que em Belo Horizonte, os operários que trabalham na reforma do Mineirão fizeram uma greve de quase uma semana, cobrando melhores condições de trabalho e salário. Após acordo com as empresas, os funcionários voltaram ao trabalho na última segunda-feira.
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