São Paulo – Mães, esposas e chefes. Com o avanço do público feminino no mercado de trabalho, diminui o tempo das mulheres para cuidar de coisas simples, como o guarda-roupa. Pensando neste nicho, as empresárias Camila Assis Pires e Tatiana Moreira Salles Amato deixaram as carreiras de lado para investir em uma grife de camisas femininas, a Troá.
A marca já existia sob o comando da estilista mineira Bruna Abdala. “Nós vimos uma reportagem sobre a Bruna, fomos até a loja e adoramos”, conta Camila, que era VP de Private Banking do Credit Suisse quando começou a empresa.
Já conhecendo a vida concorrida que levam executivas e empresárias, a dupla organizou um novo modelo de trabalho e reestruturou a marca.
“A cliente liga ou pede pelo Facebook, passa o endereço e o tipo de camisa que ela gosta. A gente monta uma sacola especial que é entregue na casa dela para que a cliente possa escolher as peças com calma”, explica.
Neste delivery VIP, as clientes recebem dez camisas e têm a chance de provar com peças do próprio guarda-roupa na hora mais conveniente. Quando escolhem os modelos, entram em contato com a marca e fazem o pagamento. Camila desconversa sobre os riscos de perder as peças em trânsito. “Acho que o risco faz parte de qualquer negócio. Em um mês, fizemos 50 entregas deste tipo que viraram vendas para a empresa”, explica.
O próximo passo da marca é levar este atendimento a bancos e grandes organizações, para que as clientes possam fazer compras sem sair do trabalho. As peças, que incluem casacos e chemises, custam entre 170 e 500 reais.
Com menos de dez funcionários, as empresárias mantêm uma fábrica própria em Uberaba, em Minas Gerais, que produz mil peças de 70 modelos diferentes. “Para a primeira coleção, a gente está esperando um retorno de 200 mil. A gente começou bem pequeno e o objetivo é conseguir traçar quem são as clientes. Queremos ser conhecidas como um ateliê de camisas e alfaiatara”, conta.
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