sexta-feira, 10 de junho de 2011

PF prende funcionários do Metrô do Cariri usurpando a função de policiais federais

 Uma operação denominada Alegoria da Caverna, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu funcionários do Metrofor em Fortaleza, Crato e Juazeiro do Norte na manhã desta sexta-feira. Eles estão sendo investigados do cometimento de posse e porte ilegal de armas, uso indevido das armas nacionais, falsificação e uso de documentos, usurpação de função pública, invasão de domicílio, injúria racial e formação de quadrilha.
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Segundo a polícia, as investigações comprovaram que o Metrofor formou uma milícia armada que utiliza fardamento e carteiras funcionais da “Polícia Ferroviária Federal”. Trata-se de um dos órgãos de Segurança Pública da União previsto no Artigo 144 da Constituição Federal, mas que ainda não foi criado por lei. Só em Juazeiro três pessoas foram presas trabalhando no Metrô do Cariri que faz a ligação com o município de Crato.

Igualmente cumprindo Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela 16ª Vara Federal, os agentes da PF estiveram na sede do Metrofor em Fortaleza e em um imóvel utilizado por empregados da empresa no município de Crato. O resultado de tudo isso foi a apreensão de coletes, fardas com a inscrição Polícia Ferroviária Federal e das armas nacionais, 36 armas de fogo, munição, algemas, carteiras funcionais falsas e um emblema.

Uma das vítimas dos supostos policiais foi o vigilante Wesley dos Santos Nascimento, de 28 anos, residente na Rua José de Matos, 10 (Bairro Novo Crato). O rapaz era amigos deles e, em abril do ano passado, sumiu um revólver calibre 38 do imóvel onde os “policiais” se alojam na Rua Padre Colares Maia, 207-A (Bairro Muriti II) em Crato. A arma pertencia a Mauro Xavier de Souza, de 53 anos, que se dizia Policia Ferroviário Federal.

Ele passou a acusar Wesley do furto e, juntamente com outros supostos policiais identificados como Francisco Eliseu, Genildo e Berg, foram em uma viatura do Metrofor de placa oficial HXR-7650, inscrição de Fortaleza, até a casa do vigilante a qual foi invadida e revirada em busca da arma não encontrada. Eles estavam fardados com algemas e armas no coldre. Depois, saíram à procura de Wesley que se encontrava com familiares na procissão da Via Sacra da Sexta-feira Santa no Bairro Seminário.

O jovem estudante do curso de Teologia da Faculdade Kurios de Crato, foi posto na viatura do Metrofor e levado para as imediações do Campus do Pimenta da Urca. O quarteto passou a pressioná-lo para dar conta do revólver, inclusive com termos racistas chamando-o de “negro merda”. Só depois é que levaram para a Delegacia de Crato. Como conseqüência, Wesley foi demitido do emprego na empresa Thompsem Segurança. Os supostos policiais ainda chegaram a mover uma ação pelo suposto furto contra o rapaz, mas terminou arquivado pelo Ministério Público por falta de provas.

No trabalho da Polícia Federal em Juazeiro do Norte na manhã de hoje, um dos empregados do Metrofor foi flagrado no interior do Metrô do Cariri fardado e em plena usurpação da função pública. A idéia é fazer os usuários do chamado Trem do Cariri acreditarem que os homens fardados e armados no interior do Metrô sejam agentes do estado no exercício de seu poder de polícia.

Fonte: Miséria

3 comentários:

  1. tenho duvidas,so agora que a policia federal se deu conta de que esse tipo de policia não existe de direito,sera que nos outros estados como recife,paraiba,alagoas etc. nesses estado sera que existe tanbem falsos policiais ferroviarios execendo as mesmas fuçoes. mas mesmo assim parabens a PF de juazeiro pelo belo trabalho de investigação. Assim ficou claro que o governo do estado do ceara e administração do metrofor,não respeitam seus funcionarios.

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  2. Como assim? não existe essa policia?!
    Foi criada em 1852, por meio do Decreto Nº 641, de 26 de junho de 1852 assinado pelo imperador Dom Pedro II, inicialmente com a denominação de: POLÍCIA DOS CAMINHOS DE FERRO, com a responsabilidade de cuidar das riquezas do Brasil, que eram transportadas em trilhos de ferro. Ela foi a primeira corporação policial especializada do país. A Lei 8.028 de 12/04/1990 criou o DPFF. Hoje em dia, poucos brasileiros conhecem a PFF, como é chamada. Seu contingente é de aproximadamente 1.200 agentes, muitos deles cedidos de outros órgãos de governo, sendo poucos os membros, de fato, policiais ferroviários.

    A Constituição brasileira de 1988 traz em seu artigo 144, parágrafo 3º, texto em que institui a Polícia Ferroviária Federal como instituição constitucional permanente, dentre os órgãos da segurança pública do país:

    § 3º - A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela união e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais. [1]

    Sua principal função, atualmente, é proteger a malha ferroviária do país, atuando na prevenção de atos de vandalismo e crimes de todos os tipos. Também ajuda na segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a empresa que opera 6 linhas de metropolitanos na Região Metropolitana de São Paulo e é presença permanente na Estação Brás.


    Polícia Ferroviária Federal em desfileAtua de forma constante no policiamento preventivo e repressivo em Recife, na CBTU e Metrorec, Natal, Belo Horizonte e Rio Grande do Sul. Supervisiona a segurança na CTS - Companhia de Transporte de Salvador com um pequeno quadro de remanescentes cedidos pela CBTU.

    Hoje, contando com o reforço de um novo contingente, que retornará, terá em todo Brasil um efetivo de 3000 homens preparados, exclusivamente, para operar na malha ferroviaria, como uma tropa de operações de choque e operações de alto risco.

    PS: vão checar a fonte das noticias pois essa policia ferroviária federal existe sim!!!

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  3. Agradeço a todos os comentários e visitantes do blog, a noticia foi retirada do site miséria como imformei logo ao fim dela. Se existe ou não aí já é outra história.

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